O Dublê é a carta de amor que Hollywood não sabia como dar – até agora

Existe Oscar de Melhor Dublê? Infelizmente, não. Mas todo mundo sabe que eles são responsáveis pelas cenas de ação que enchem os olhos do público e deixam a gente na ponta da cadeira em tantos sucessos cinematográficos, até mesmo aqueles que alcançam a marca de 7 dígitos de bilheteria.

E é pensando na importância desses profissionais que David Leitch – que começou sua trajetória em Hollywood como dublê – entrega um longa cheio de ação, comédia, romance e muito tiro, porrada e bomba, tudo perfeitamente balanceado sem soar brega ou pastelão.

O Dublê é protagonizado pelo nosso carismático Ken, Ryan Gosling, que vive Colt, um bem humorado e divertido dublê que se afasta de tudo e todos depois um acidente de trabalho. Após um ano longe das câmeras, ele recebe uma ligação para trabalhar no novo filme da sua paixão Judy, vivida por Emily Blunt. Porém nem tudo é o que parece e Colt descobre que seu trabalho é encontrar o astro Howie, interpretado por Aaron Taylor-Johnson.

Apesar da trama simples, o filme é lotado de piadas bem encaixadas e utiliza temas atuais para sua dose de humor. Um exemplo disso é quando o protagonista chora de saudade escutando All Too Well da Taylor Swift, (afinal quem nunca?) ou quando o filme demonstra a “viagem” de Colt com um unicórnio em tela. Ou até mesmo as citações aos eventos de cultura pop mais amados do mundo. Pode soar bobo, mas particularmente, eu ach2o esse o melhor tipo de humor. E pra quem é fã de romance, esse é um prato cheio para os clichês e os fãs de comédia romântica á la Sessão da Tarde.

Mesmo com todos esses pontos que tornam um filme de comédia divertido, o que torna esse especial é seu ponto de partida: a homenagem aos dublês e sua metalinguagem. Estamos falando da exaltação de uma categoria que nem sempre recebe o mérito merecido. E de um filme sendo filmado dentro de outro filme, com segredos de bastidores revelados e um deleite para aqueles que são apaixonados pelo caminho e não apenas pelo resultado final. É interessante perceber que o diretor coloca muito da sua experiência pessoal e torna o projeto tão importante, além de trazer a proximidade entre os personagens e o público.

A união entre um elenco de grandes nomes, como os já citados Gosling e Blunt, Stephanie Hsu como a assistente pessoal de Ryder e Hannah Waddingham como sua produtora, e boas doses de humor, ação e romance, é sinônimo de sucesso entre o público que vai ao cinema para se divertir. E como é bom ir ao cinema e sair sorrindo e com a alma leve.

E tudo isso ainda culmina em participações especiais (sem spoilers!), cenas pós crédito que mostram os bastidores e participação dos dublês – que inclusive são os primeiros a aparecerem nos créditos finais, sem as letrinhas miúdas – e uma grande carta de amor aos que arriscam suas vidas para entreter a nossa.

O Dublê é um filme divertido e intrigante, remake da série dos anos 80, Duro na Queda, que entrega vários gêneros na medida certa e que tem como objetivo algo muito importante que tanta gente não dá valor.

O filme chega na próxima quinta-feira (2) como grandes estreias do mês de maio.

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