‘Young Royals’ marcou sua estreia no primeiro dia de julho na Netlix. O drama gira em torno de Wilhelm (Edvin Ryding) príncipe Sueco que é obrigado a estudar no prestigiado colégio interno Hillerska. O príncipe se depara com situações inusitadas, como descobrir o amor e entender o seu lugar no mundo.
Adolescentes com peles reais.
A série entrou nos trend topics no Brasil em sua primeira semana de estreia e o motivo: O elenco tem espinhas! Sem grande produção estética, os personagens possuem espinhas, cravos e texturas na pele. A produção foi bastante elogiada pela escolha do elenco, sendo interpretada por jovens, sendo o mais velho do elenco jovem ter 22 anos. Em uma enxurrada de séries adolescentes sendo interpretadas por adultos musculosos e atrizes com peles irreais para adolescentes, ‘Young Royals’ apresentou a realidade de nossas peles com maestria.
Realeza e elite
O conteúdo sobre realeza é um dos maiores sucessos da ficção em livros infanto-juvenil, seja em um mundo sobrenatural ou simplesmente humanos na coroa, e claro, o que seria da coroa sem a elite? ‘Young royals’ fala sobre jovens próximos da coroa, príncipes e adolescentes que cresceram na riqueza. Além disso, relataram bem o preconceito com imigrantes e pessoas com menos condições financeiras em uma escola elitizada. Entretanto, a série foge das típicas histórias da exaltação e luxúria desses adolescentes e nos oferecem uma série mais simples e verdadeira, com personagens bem construídos.
A menina popular
Novamente saindo dos padrões americanos, a menina mais popular da escola é Felice, (Nikita Uggla) personagem que nos surpreende ao longo dos episódios, saindo da maldade típica das meninas populares e belezas europeias padronizadas, Felice foi uma grande personagem, surpreendendo com sua maturidade e força de vontade em ajudar, fazendo uma crítica a pressão estética e falsa impressão nas redes sociais. A falta de rivalidade feminina na série surpreende, deixando clara a amizade das meninas na escola, com uma grande reviravolta sobre quem realmente seria a personagem feminina que pode mudar isso.
Romance
Claro, uma das histórias principais a série gira em torno de romance, mas entenda: os personagens não são definidos ao romance, Simon (Omar Rudberg) e Wilhelm são bem construídos e individuais na série e o relacionamento é construído de forma muito bonita e divertida de assistir. Com certeza foi um dos pontos altos da série, com química de da borboletas no estômago enquanto assiste e cenas amorosas emocionantes. A direção conseguiu manter a inocência da descoberta do romance entre os dois com uma química de arrepiar e claro, o sucesso do casal foi instantâneo.
Saindo dos padrões estadunidense
Depois do sucesso de ‘Skam’, muitos fãs esperavam uma série adolescente que levantasse uma nova base de fãs, e aí está! É uma ótima série pra quem deseja sair do comodismo de séries estadunidense, com o ambiente e culturas diferentes. Realeza, normalização de drogas, elite e disputa por popularidade é o ponto alto da série, mas não se entregando a futilidade e nos oferecendo uma série humanizada com ótimos personagens e um romance que aquece o coração. A série assemelha-se mais a ‘Skins’, ‘Skam’ e ‘Sex education’. Estamos ansiosos para a possível renovação da segunda temporada!