Stuck Rubber Baby – Quando viemos ao mundo. Editora Conrad. Por Howard Cruse, traduzido por Dandara Palankof
Stuck Rubber Baby conta a história da vida de um jovem que vive no sul dos Estados Unidos nos anos 1960. Tendo inspiração na vida do próprio autor, um expoente das hqs underground norte-americanas, a história nos mostra não apenas a descoberta e entendimento sobre sexualidade e comunidade, como também a luta por direitos e todas as injustiças que cercam o jovem Toland Polk e seus amigos.
Um dos melhores quadrinhos lançados em 2021 no Brasil.
Spinning. Editora Veneta. Por Tillie Walden, traduzido por Gabriela Franco.
Em Spinning, a autora Tillie Walden conta de sua infância, crescimento e amadurecimento como patinadora competitiva. De uma forma sensível e poética, ela consegue transparecer nas páginas questões que já seriam bastante angustiantes para uma criança, mas que são amplificadas com o descobrimento de sua sexualidade.
Pele de Homem. Editora Nemo. Por Hubert e Zanzim, traduzido por Renata Silveira.
Bianca deseja conhecer melhor seu futuro esposo e, para isso, se veste com uma pele de homem para se aproximar dele. Com diversos prêmios conquistados, Pele de Homem utiliza a Itália renascentista como background para contar uma história sobre gênero, moralidade, amor, sexualidade e religião.
Confira nossa análise de Pele de Homem aqui.
O essencial de perigosas sapatas. Editora Todavia. Por Alison Bechdel, traduzido por Carol Bensimon
Alison Bechdel se tornou uma premiada quadrinista com o lançamento de Fun Home, na qual conta sobre sua família através da figura de seu pai, um homem gay enrustido. Antes, durante e depois desta graphic novel, por mais de vinte anos, ela publicou tiras de jornais sobre um grupo de mulheres lésbicas, acompanhando suas paixões, términos, preocupações e envelhecimentos em tempo real. O essencial de perigosas sapatas nos oferece a oportunidade de ler o material em sequência cronológica, nos tornando parte daquele grupo também.
Foi nestas tiras que surgiu o famoso Teste de Bechdel.
Arlindo. Editora Seguinte. Por Ilustralu
Arlindo é uma webcomic nacional, posteriormente publicada pela Seguinte, sobre a adolescência e amadurecimento de um menino do interior do Rio Grande do Norte que busca seu lugar no mundo. É uma hq cheia de referências aos anos 2000, cores fortes e vibrantes, sotaques e que dá um quentinho no coração.
Kit Gay. Editora Veneta. Por Vitorelo
Após ser tão difundido na campanha de um certo presidente, o Kit Gay finalmente virou realidade pelas mãos de Vitorelo. Construído metade como uma cartilha e metade como um almanaque, é uma publicação que ensina com humor, sarcasmo e didática sobre as diversas existências do movimento LGBTQIAP+.
Laura Dean Vive Terminando Comigo. Editora Intrínseca. Por Mariko Tamaki e Rosemary Velero-O’Connell, traduzido por Rayssa Galvão
Freddy, a protagonista, passa por uma montanha russa de emoções devido à sua namorada, Laura Dean. Entre momentos maravilhosos e sofridos, ela precisa passar por tudo isso para aprender mais sobre amor, prioridades e relacionamentos tóxicos.
O plot de Laura Dean Vive Terminando Comigo pode até parecer um clichê dentro do gênero adolescente, mas só de ter um relacionamento lgbt+ como ponto de partida faz com que seja completamente diferente do que estamos acostumados. E a hq vai sim além do já esperado.
Isolamento. Independente. Por Helo D’Angelo
Publicada no instagram da autora durante o confinamento da COVID-19, Isolamento retrata, de uma visão externa, doze apartamentos de um prédio e seus diferentes moradores, incluindo negacionistas, blogueiras e casais de diferentes sexualidades. Os pequenos vislumbres que recebemos são encantadores e faz com que imaginemos a vida de cada um deles além das sacadas de seus imóveis.
A hq ganhou uma versão impressa através de financiamento coletivo.
Sandman. Editora Panini. Por Neil Gaiman e diversos artistas.
Escrito por Neil Gaiman, Sandman começou a ser publicado em 1988 e os personagens da comunidade estão em diversas de suas mais de 75 edições, sendo a mais importante Desejo, um dos Perpétuos, que é não binárie. Além disso, lésbicas, trans e sexualidades diversas estão espalhadas pela história com a mesma naturalidade com a qual estão os heterossexuais.
Boa Sorte. Independente. Por Helena Cunha
Boa Sorte, trabalho de estreia de Helena Cunha, também ocorre entre o período de transição entre infância e adolescência, retratado aqui de forma delicada e impactante. Julieta tem 16 anos e está passando por um período difícil em sua vida, com um luto, a separação do pais e a mudança de cidade. Ela precisa encontrar novos motivos e encarar seus fantasmas ao mesmo tempo em que amadurece e vive uma vida completamente diferente.