CRÍTICA | RED: Crescer é uma Fera resgata o “você” adolescente dos anos 2000.

A adolescência não é fácil pra ninguém, principalmente quando você se transforma em panda a cada emoção na fase mais turbulenta da vida: a puberdade. Essa é a vida de Meilin Lee (Rosalie Chiang), de origem japonesa, a adolescente de 13 anos acaba descobrindo um segredo de família que irá atrapalhar seus planos que envolvem ser independente e ir ao show da sua banda favorita. Filha única, tem toda atenção da sua mãe, Ming Lee (Sandra Oh) e, com os valores e tradições da família, acaba exigindo mais do que ela ficaria confortável. O que a faz ser a “filha perfeita” na frente da família e ser uma adolescente normal na frente dos amigos.

RED é uma animaçãos bem colocada em termo de técnica e montagem, alguns aspectos que mudam de Divertidamente e Soul, deixam a produção única. Com direção de Domee Shi, o filme conta com o enredo da fase de crescimento e as mudanças que essa fase apresenta, com direito a boyband, grupinho de amigas e aqueles momentos de vergonha que só uma mãe é capaz de proporcionar. Sem falar do protagonismo amarelo descrito tão bem.

Mudando para os detalhes do enredo, a nova produção da Pixar nos leva a um lugar na nossa cabeça onde tudo era incrível, onde tudo tinha que ser no momento e queríamos viver cada experiência na companhia dos nossos amigos. O roteiro nos coloca de frente com uma situação “bola de neve”. Temos Meilin Lee sendo cobrada pela mãe, tentando deixá-la orgulhosa ao mesmo tempo em que tenta ser uma adolescente normal. Em um outro momento descobrimos que sua mãe também foi assim quando era adolescente, e que a hipervalorização de tradições familiares a levou a ser assim com Meilin.

Para crianças e adolescentes é uma opção onde possivelmente irão se identificar em alguns aspectos de comportamento. Já para os adultos, pode ser motivo de gatilho em relação à identificação com a personagem principal por ter tido pais narcisistas, o peso da cobrança em ser alguém que você não é, vindo até a mostrar as problemáticas disso e com a esperança de não reproduzir esse comportamento para n~~ao se tornar um problema maior, como também é apresentado.

Dito isso, é divertido, é emocionante e vale muito a pena ver essa obra linda em todos os detalhes. Aproveite e bom filme!!!

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