Anos a Disney está reformulando a maneira de vermos suas personagens femininas, de pouquinho a pouquinho, um trabalho que começa desde a Mulan, Ariel, Jasmine e Tiana, que teve uma grande visibilidade com Anna, Elsa e Moana, de mostrar uma maneira totalmente nova de vemos nossas personagens femininas e visam um público maior e inspiram os pequenos espectadores, são essas mudanças lentas e graduais da nova forma de ver o protagonismo feminino que fizeram chegar a nossa protagonista do filme: Raya, uma jovem que assume grandes responsabilidades ainda pequena.
Então vamos lá a crítica com spoilers de Raya e o Último Dragão…
Foto promocional do filme ‘Raya e o Último Dragão’
Raya e o Último Dragão, foi anunciada na D23 de 2019, ela já impressionava com o visual do filme, agora depois que vi o filme entendo todos os elogios que a animação recebeu e mostra como cada vez mais os estúdios de animação evoluíram na riqueza de detalhes. É impressionante a nova animação da Walt Disney Animation Studios o filme é dirigido por Don Hall e Carlos López Estrada e co-dirigido por Paul Briggs e John Ripa, com um elenco incrível de dubladores como: Raya (Kelly Marie Tran), Sisu (Awkwafina), Namaari (Gemma Chan), Viarana (Sandra Oh) e Tong (Benedict Wong).
Como estava dizendo no texto acima cada vez mais os estúdios de animação estão melhorando, tudo hoje em dia é mais tecnológico comparado com as animações de antigamente, desde o lançamento de Soul (2019), fiquei surpreendida de como está cada vez mais realista mas não deixando de fora o mundo fantástico por trás de história, nesse filme dava para ver a textura das roupas e personagens, cenários, as cenas de lutas que parece bem reais e tão bem coreografadas, todo visual de Raya e o Último Dragão é impressionante, fiquei encantada com todas as riquezas de detalhes que contribuiu ainda mais com a história, todo os elementos desse filme foram cordiais para transformar é algo tão bom e que deixa uma bela lição no final.
Cena do filme ‘Raya e o Último Dragão’
Vamos lá contar a história…
No começo do filme já somos lançados para a história da terra da nossa protagonista, Kumandra, que era cinco ilhas que formavam uma única sociedade em que humanos e dragões viviam em harmonia, e por conta de uma guerra e as cinco terras que formavam o reino foram separadas e passaram a ser chamadas de Coração, Garra, Presa, Espinha e Cauda, referindo-se a cada uma das partes de um dragão. Um dia, criaturas que transformam suas vítimas em pedras ameaçaram a vida de todos em Kumandra, então todos os dragões se sacrificaram, e Sisu último dragão fez uma joia para banir todas essas criaturas.
Raya vive em Coração ajudando seu pai a defender a jóia de Sisu, das terras separadas que entraram numa guerra geopolítica por conta da joia, um dia que sua terra abaixa a guarda faz todo sacrifício dos dragões ir para água abaixo. Raya perde seu pai para uma das criaturas e inicia uma jornada sozinha para salvar Kumandra.
Foto promocional do filme ‘Raya e o Último Dragão’
Raya parte para uma jornada individual, até encontrar uma criatura que acreditava ser uma lenda para ajudar. Ela uma personagem que aprendeu a lidar com sentimentos de raiva e de arrependimento e trilhar uma jornada sozinha muito nova, o que faz o filme ter uma jornada do heroi, ela tem que aprender a ter confiança novamente nas pessoas, ela passou a grande parte da vida sozinha e no meio do caminho ela conhece mais pessoas que compartilham a mesma causa dela e que querem a mesma coisa, salvar Kumandra das criaturas e rever sua família. Os sentimentos de Raya acabam fazendo ela ser seu próprio inimigo, ela não precisa mostrar ninguém que é capaz o que faz quebrar um pouco do que víamos antigamente nas protagonistas femininas da Disney, o que faz essa história ser de autoconhecimento e libertação de sentimentos, o inimigo não é mais a madrasta má ou uma rainha malvada, e sim os próprios sentimentos da personagem, isso vem mostrado em muitos filmes do estúdio.
Em cada lugar que Raya tem que passar com Sisu, para pegar um pedaço da jóia ela aprende uma lição e que tá tudo bem se abrir para as pessoas, mesmo que exista um risco de sair decepcionada, a grande palavra desse filme e dá uma lição de moral é confiança, acredito que venho uma hora certa, porque precisamos ter confiança uns nos outros, principalmente agora no estado atual do nosso mundo.
Foto promocional do filme ‘Raya e o Último Dragão’
Esse é mais um filme com uma pegada mais adulta, com temas muito bons, que precisam ser passados para todas as gerações, hoje em dia as animações estão focando mais nisso, em te fazer emocional mesmo em qualquer idade e toda a aventura de Raya mostra isso, todos os desafios dessa nossa princesa heroína que aprendeu a usar a espada muito nova, como disse ali em cima, é um grande filme sobre a jornada do herói, funciona tão bem.
Filme cheio de lutas bem coreografadas que você nem sente ser uma animação, toda a jornada de autoconhecimento e sentimento de confiança. Raya e o Último Dragão faz história por trazer a primeira princesa do sudeste asiático da Disney, toda o comprometimento da equipe de criar uma representação tão mágica quanto fiel da cultura de países como Vietnã, Laos e Filipinas, em cada personagem novo que Raya descobre no caminho o visual se estende para cada um desses territórios.
Há muito tempo a Disney está querendo quebrar toda a imagem que eles criaram das suas protagonistas femininas e transformar em um visual com mais representatividade, onde elas são donas das suas próprias histórias e heroínas delas mesmas. Raya e o Último Dragão é mágico e te deixa com uma grande lição de moral no final sobre confiança e dar os primeiros passos.
Cena do filme ‘Raya e o Último Dragão’
Raya e o Último Dragão está disponível por meio da plataforma stream da Disney+. Se cuidem! Nunca se esqueçam, usem máscara e passem bastante álcool gel.
