Estreando na direção de um longa, Mimi Cave nos introduz ao que parece mais uma comédia romântica baseada na atualidade e nos relacionamentos em tempos de redes sociais e aplicativos de relacionamentos.
Somos apresentados a Noa (Daisy Edgar-Jones), nossa protagonista que aparentemente não se dá bem em relacionamentos. O que parece estar pra chegar ao fim quando, na parte hortifrúti de um supermercado conhece o médico, disponível e bonito, Steve, interpretado por Sebastian Stan. Aquele encanto à primeira vista, que logo se tornou em um convite para uma bebida e conversas. O clima até que descontraído do filme não nos prepara para o que estar por vir, isso se você não viu spoilers ou trailers, ou foi procurar algo sobre. O roteiro assinado por Lauryn Kahn, é construído para surpreender por nos trazer essa virada de tema no primeiro momento e depois nos deixar com um misto de sensações no decorrer que as coisas acontecem.
A transição para a mudança de clima do longa é feita com muito cuidado e com responsabilidade. A dedicação é nítida, pois a mudança de tom, se não bem feita, pode vir surpreender negativamente o telespectador. O que não temos o que reclamar de Fresh. As atuações são ótimas, personagens não são tão bem construídos, o roteiro vai direto ao ponto em relação ao assunto principal da trama, o que nos deixa sem profundidade nas relações. Lógico, a empatia vem presenciando as situações, e a torcida para que tudo dê certo no final, mas sem um motivo bem construído.
Fresh é uma boa experiência, sendo um filme até que divertido e com Sebastian Stan nos deixa confortável com sua culinária “especial”. Não super prende sua atenção, mas vale seu tempo. Deu para notar inspirações em Corra! e Psicopata Americano, além do final frenético e um pouco previsível, mas nem tanto. Nesse momento ficou confuso, mas o estopim pro desfecho final é impagável. Aproveite.