CRÍTICA: Amor e Monstros

Protagonizado pelo amado Dylan O’brien, Amor e monstros é uma aventura interessante e leve, saindo dos clichês de um mundo pós apocalíptico traumático demais ou engraçado demais, a trama consegue captar uma essência única no olhar do inseguro e realista Joel Dawson, que tinha apenas 16 anos quando o asteroide Ágata 116 estava prestes a atingir a terra e a humanidade criou foguetes para combate-la. Entretanto, os resíduos químicos das armas atingem o planeta Terra, assim, transformando animais (insetos) em mutantes.

A humanidade então teve que aprender a viver sem está no topo da cadeia alimentar, fugindo de criaturas gigantes em refúgios, grupos e esconderijos subterrâneos. Como prometido no título, o impulso e razão do protagonista gira em torno de Aimee, sua namorada antes do desastre mundial, no qual sonha encontrar mesmo após 7 anos. Lançado pela Paramounts Pictures nos Estados Unidos, o filme chegou ao Brasil em 14 de Abril, na Netflix, e está até agora no Top 10 dos mais assistidos no Brasil.

Aproveitar a viagem é mais importante do que chegar ao destino.

O próprio romance debocha da ideia romântica imposta no filme, de uma forma realista e talvez decepcionante, quando somos encorajados a criar expectativas de um reencontro incrível entre duas pessoas que não se veem a sete anos e se falam poucas vezes pelo rádio. O que torna o filme mais interessante, entendendo que esse era o impulso que Joel precisava, para viver, não encontrar a garota. Inseguro e rebaixado, Joel vive escondido, sem conseguir usar sua liderança, ficando apenas na cozinha e sendo o único solteiro do grupo com quem vive, em um esconderijo subterrâneo, como o mesmo pontua no início do filme. Ao resolver encontrar a garota, Joel finalmente se torna independente, encontrando dois viajantes em busca das montanhas, virando melhor amigo de um cachorro e quase morrendo várias vezes durante sua jornada de 7 dias. Ele finalmente consegue liderar, se virar sozinho e viver no mundo pós apocalíptico com a companhia do inteligente cachorro que encontra na estrada, Boy.

Com algumas cenas emocionantes sobre sua família, aqueles que o abrigaram e pequenas mensagens sobre como não aproveitamos coisas pequenas, como ouvir Stand by me olhando o céu, ver fotos antigas e finalmente, ganhar um batom. A longa foi indicada ao Oscar 2021 por seus efeitos especiais de fato impecáveis, mas não é surpresa que Dylan O’brien teve uma ótima atuação em um filme de ação e aventura. O diretor da trama, Michael Matthews, foi aclamado porém negou comparação com Zumbilândia, admitindo que se inspirou no jogo The Last Of Us.

 Amor e monstros é um filme sem grande complexidade, sendo engraçado e realista de como seríamos realmente em um mundo apocalíptico, com uma mensagem poderosa de que seres humanos são adaptáveis e qualquer um de nós seríamos capazes de sobreviver.

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