CRÍTICA: Para Todos os Garotos que já Amei: Agora e para Sempre

Chegou nessa sexta-feira (12) na Netflix, o capítulo final da trilogia da adaptação da obra de Jenny Han que lá em 2018 conhecemos a sonhadora Lara Jean e suas cartas de amor que não eram para serem entregues, mas sim guardadas, e o garoto popular, atleta do time de lacrosse e ex-namorado da ex-melhor amiga dela, Peter Kavinsky que por um contrato fingindo um namoro falso acabam se apaixonando e tornando esse casal que ganhou os nossos corações desde o primeiro filme Para Todos os Garotos que já Amei.

Aviso: o texto além de conter spoilers, é baseado na visão dos filmes, sem contundência nos livros.

Com o primeiro filme acompanhando o início do relacionamento de Lara Jean (Lana Condor) e Peter Kavinsky (Noah Centineo) que estavam namorando por contrato e que acabam se apaixonando, passando pelo segundo filme Para Todos os Garotos: P.S. Ainda Amo Você, onde a relação entre os dois acabam um tanto estremecida com a chegada de um amigo de infância da Lara Jean, o John Ambrose (Jordan Fisher), tornando um triângulo amoroso e chegando finalmente em Para Todos os Garotos que já Amei: Agora e para Sempre, lidando com uma relação mais madura e envolta em seguir os seus próprios caminhos.

A sinopse do terceiro filme já dá um preview do que virá por aí nessa finalização: Lara Jean está prestes a terminar o ensino médio e mergulhar na vida adulta quando duas viagens a fazem repensar como será sua vida com a família, amigos e Peter após a formatura.

Nesse capítulo final, iniciamos o filme com Lara Jean visitando a parte asiática da família em Seoul, na Coréia do Sul, enquanto do outro lado do mundo temos Peter, em Portland lidando com o fuso horário de 16 horas. A distância é um dos grandes elementos que envolve o decorrer da história, pois nessa fase do campeonato tanto Lara quanto Peter estão se despedindo da escola e entrando na faculdade e como todo casal, eles não querem se desgrudar uns aos outros – mas nem tudo são flores.

Foto/Divulgação: Juhan Noh/Netflix

E isso é só o começo de uma história onde Lara Jean tem de lidar com frustação, insegurança, possíveis resoluções, distância e a sobrevivência do amor, tudo isso envolvendo o seu futuro lidando com uma faculdade; a saudade que terá dos momentos com sua família e amigos, além da distância que terá não só com eles, mas com o próprio namorado. “O Romeu e Julieta da faculdade” estão mais apaixonados, a relação do casal nesse filme é mais madura, onde cada um tem que pensar um ao outro, com apoio e respeito nas decisões e superar a distância de um namoro juntos, por mais que as decisões sejam dolorosas, transformando-se em uma montanha-russa de indecisões e decisões.

“Minha história de amor está terminando, mas a do meu pai e a de Trina mal começou” – Lara Jean.

Mas o filme não fica só no foco da relação de Lara Jean e Peter Kavinsky com o futuro do namoro à distância. Há outros assuntos envolvendo a história de cada um deles: a presença momentânea do pai de Peter, o casamento do Dr. Covey e da Trina, o breve ”namorico” de Kitty, a excursão para Nova York que muda o rumo de Lara Jean, o baile de formatura e a questão da virgindade. Com o roteiro de Katie Lovejoy bem amarrado e trabalhando todos esses assuntos de uma forma tão natural, tão orgânica, faz com que você possa de certa forma, fazer parte da história, se divertindo, se emocionando, ficando com raiva de decisões burras, tendo nostalgia e torcendo para que tudo dê certo (sem descartar a sua própria experiência de vida com o filme). Há elementos de humor, mas não são exagerados – aliás a perspicácia da irmã caçula de Lara Jean, Kitty, por exemplo, não é deixada de lado, relembrando do seu papel início dessa história de amor.

Foto/Divulgação: Katie Yu/Netflix

É inevitável falar da química entre Lana Condor e Noah Centineo, que não há como negar que eles tem uma baita química! Todo o cast retorna, com adição do ator veterano Henry Tomas interpretando o pai de Peter. E sabe o que é mais engraçado? É que no roteiro, Katie soube aproveitar até dos papéis que cada ator já teve em suas carreiras: há uma cena em que Lara Jean faz uma lista de filmes para o encontro perfeito com Peter e entre a lista de filmes está: Charlie’s Angels, X-Men Apocalypse e Shazam, filmes em que Noah Centineo participou em Charlie’s Angels, Lana Condor em X-Men Apocalypse e Ross Butler em Shazam.

A trilha sonora da trilogia nos envolve, sendo bem eclética indo do rock até o kpop e elas são escolhidas bem pontualmente nas cenas: obviamente cenas que envolvem o casal são músicas mais melódicas como Beginning Middle End de Leah Nobel; Pretty Savage da BLACKPINK foi para Lara Jean um tanto quanto… revoltada, e Eat Them Apples da Suzi Wu fica ao “quebrar regras” durante a excursão.

Foto/Divulgação: Katie Yu/Netflix

Conclusão:

No geral, Para Todos os Garotos que já Amei: Agora e para Sempre é mais um filme de comédia romântica, clichê, mas sem ser descabido de ter sempre as mesmas coisas. O final feliz é feito, mas por um outro caminho… A conclusão da trilogia é feita perfeitamente. Pres solteires é aquele tipo de filme que faz você ter saudade de ter ume companheire por perto, para namoradinhes, típico filme que faz olhar para a relação, mesmo que seja só um pouquinho. Por ser uma história passando durante a adolescência, a gente acaba se identificando por um ou dois assuntos que é falado. Já sinto um tico de falta dessa história <3

“Além do mais, sabe o que combina com 5.000 km? Escrever cartas de amor” – Lara Jean.

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