Geek & Feminist foi convidado pela Telecine para ver antes de todos o longa-metragem brasileiro, Correndo Atrás. Dirigido por Jeferson De, responsável pelo M8 – Quando a Morte Socorre a Vida. O filme foi rodado em 2016, apareceu em muitos festivais nacionais e internacionais em 2018, mas só está sendo lançado com exclusividade para o público no dia do cinema nacional (19 de junho) no canal da Telecine e na sua plataforma streaming.
(Imagem: Divulgação / Telecine)
Correndo Atrás é um filme de comédia que tem uma equipe majoritariamente negra, então a produção, elenco, roteiristas é composto por 90% de pessoas negras, e esse filme há presente um grande elenco, como: Ailton Graça, Juan Paiva, Tonico Pereira, Lázaro Ramos, Teka Romualdo, Rocco Pitanga, Hélio de La Peña e Juliana Alves.
Sinopse:
(Imagem: Divulgação / Telecine)
Paulo Ventania (Ailton Graça), mais conhecido como “Ventania”, é o típico trabalhador brasileiro, que vive se virando para pagar as contas, fazendo um trabalho cá e outro lá, devendo lá e um pouquinho cá. Ao se encontrar em um beco sem saída, Ventania decide virar empresário de jogador de futebol. Percorrendo pelo subúrbio carioca ele encontra Glanderson (Juan Paiva) um garoto talentoso com a bola, com apenas três dedos que entra na onda de Ventania, e com muito bom humor e esperança eles começam a jornada para serem famosos.
Resenha:
(Imagem: Divulgação / Telecine)
O filme Correndo Atrás da Raccord Filmes é baseado no livro “Vai na Bola, Glanderson” de Hélio de La Peña, que atua e fez o roteiro junto com o diretor Jeferson De, com duração de 1h26min e do gênero comédia.
O filme fala sobre o subúrbio do Rio de Janeiro, de uma maneira divertida e muito mais leve do que estamos acostumados, elenco todo tem uma química muito boa onde ajuda muito no desenvolvimento da história. O filme muda a dinâmica da família preta periférica que muitos estão acostumados a ver na tela do cinema para algo muito mais leve. Ventania e Glanderson contam sua história de uma maneira sonhadora e leve fazendo você dar risada muitas vezes no filme, que tem algumas questões presentes que são desafiadas ao longo do filme de forma criativa.
Jefferson De é um ótimo diretor, ele conseguiu ir muito bem para o gênero comédia em Correndo Atrás, comparado com M8, são filmes totalmente diferentes um do outro. A história de Ventania o típico “jeitinho brasileiro” te deixa cativado logo de cara por mostrar um cara sonhador e que tá sempre correndo atrás do seu, e quando vai se passando o filme descobrimos Gladerson, garoto habilidoso com a bola com apenas seus três dedos, que entra na onda do sonho de Ventania, acabando tornando o sonho dos dois, e ao longo do filme descobrimos outros personagens cativantes que incrementam cada vez mais a história desse mestre e aprendiz.
Fomos convidados também para coletiva de imprensa, com elenco, roteirista, diretor e produção, que foram incríveis e falaram coisas que acrescentam mais ainda no filme, como: a presença negra feminina, botando um protagonismo maior no roteiro, porque no livro as mulheres participavam pouco, e no filme adaptaram para algo maior, tem uma cena linda no filme que a personagem Juliana Alves junto com o do Ailton Graça dançam na frente da comunidade em uma festa. Contaram também que no filme tem bastante homenagem à personalidades da cultura afro, principalmente brasileira, o diretor se preocupou em colocar todas essas referências. A curiosidade que mais gostei de saber foi que não foi necessário dublê para as cenas de futebol, que é a melhor coisa do filme, Juan Paiva fez todas as cenas.
Deixo esse filme de dica para você ver com a família, ou quando estiver procurando uma comédia. Esse filme é extremamente necessário para o cinema brasileiro, para cada vez mais temos produções onde pessoas envolvidas são na maior parte pretas.
Se cuidem, tomem a vacina, fale para sua família tomar vacina, usem álcool gel e máscara! Muito obrigada por lerem minha resenha e tenham uma ótima semana.
