CRÍTICA: X-men – Fênix Negra

Essa semana estreou X-men: Fênix Negra marcando o fim da franquia mutante da Fox de quase 20 anos. E por conta disso vamos falar de forma longa – mas detalhada – desse final que quem for fã da saga vai gostar de ver.

ATOS

O primeiro ato do filme foi lento, mas necessário para o decorrer do enredo. Mostra a equipe muito tempo depois dos eventos que ocorreram em Apocalipse e sendo amados pelos humanos, além de focar na personagem principal, Jean Grey, até o momento que ela é possuída pela força cósmica. Já o segundo ato ocorreu na medida necessária, porém com algumas mudanças muito rápidas, e com sequências de ação muito boas para o desenvolvimento de alguns personagens e do filme em si.

O ato final se inicia muito bem com mais cenas de ação bem feitas porém em seu final deixa a sensação de estar algo faltando e assim como o segundo ato teve algumas mudanças – principalmente nos personagens – que ocorreram de forma instantânea o que deixou alguns pontos faltando uma certa coesão no enredo porém quando você vê a cena final certas lacunas se fecham.

NOTA: 7/10

PERSONAGENS

O filme em si mostrou a força das personagens femininas e como elas são extremamente necessárias para enredo da história e não poderia ser diferente já que se trata de uma narrativa focada em uma mulher.

Jean, Mística e Smith (Jessica Chastain) carregam em sim todo uma força que vai além de seus poderes e está presente em seus discursos. Jean tem sua evolução como pessoa mutante com conflitos foram bem desenvolvidos para a proposta do filme e mostrou que Sophie Turner é uma atriz sensacional porque ela conseguiu passar a mensagem perfeitamente. Mística está muito bem no papel de líder da equipe de ação e como alguém com voz de comando. A Smith traz a carga dramática necessária pra situações em que estava envolvida, foi bem trabalhada em todo quesito de manipular uma Jean que está confusa e com medo.

Já não posso dizer o mesmo de Tempestade! Na questão de dons ela foi mais desenvolvida e está ainda mais poderosa o que vale muito a pena de ser ver, contudo o seu lado diplomático, que sempre tem algo a falar, não foi explorado e nesse ponto deixa a desejar.

Ciclope teve um amadurecimento que se percebe logo cara. Ele passa a impressão de confiança que Ciclope líder tem nas HQ’s, além de que sua relação com Jean é algo bonito por conta do cuidado que esse amadurecimento causou. Kurt é outro personagem que teve uma evolução de poderes muito bem feito, ele em X-men Apocalipse e até mesmo no início de Fênix Negra tem toda a questão de ser cauteloso e até mesmo medroso, mas em um momento do terceiro ato uma nova face dele aparece e é muito boa de ver.

Os membros da Primeira Classe restantes (Fera, Magneto e Xavier) foram mostrados de forma diferente das outras versões. Hank que sempre teve uma aura pacifista, fiel ao Charles, mostra que não é apenas isso na maior parte do filme…. É como se uma venda tivesse sido tirada dos olhos dele. Magneto dessa vez não estava com a mesma vontade saturada de acabar com a humanidade, uma motivação diferente nos faz gostar da forma que ele se desenrola no filme desde sua aparição em Genosha até o momento final.

Mas o melhor dentre esses personagens foi o fato de o desenvolver do Professor X mostrasse um lado dele que os fãs dos quadrinhos conhecem bem e sempre quiseram que fosse adaptado, a sua capacidade de manipular e arriscar os seus para conseguir a aceitação dos humanos. Xavier logo no inicio já se mostra estar com ego inflado e não aceitando muito bem críticas e no decorrer do filme até o terceiro ato alguém incapaz de assumir que erra.

Tirando esses personagens com mais destaque teve outros, como a mutante Dazzler, que no momento que apareceu encantou a quem viu o filme.

NOTA:8/10

ROTEIRO

Esse é um ponto delicado. Em um todo o roteiro está ok mas tem momentos que você percebe os furos e você sente que poderia ter acrescentado algo, alguma cena de respiro para podermos perceber a tensão do que estava acontecendo por exemplo eles dando aula e os alunos tristes pelos acontecimentos ou Ciclope e Tempestade conversando com alguma criança sobre o ocorrido pra ajudar no clima triste e tenso do filme. Principalmente quando é em diálogos com mais de 3 personagens em cena.

Pelo fato de ser um filme de herói com uma carga dramática mais sombria piadas ou momentos cômicos não se encaixavam e os momentos de leveza foram bem trabalhados. Simon Kinberg poderia ter feito um trabalho melhor no roteiro, percebendo os espaços vagos no roteiro eu me questionei como ele foi responsável por Dias De Um Futuro Esquecido que é um dos – que por mim seria o fim ideal para os mutantes na FOX – melhores filmes da equipe. Isso só fez dar ainda mais valor aos atores que deram seu melhor pra que as cenas saíssem maravilhosas.

NOTA: 6/10

EFEITOS

PERFEITOS! Os efeitos foram usados tão bem que em certos momentos parecia que os atores estavam fazendo aquilo sem precisar de CGI. Um dos melhores efeitos visuais do ano até aqui principalmente no momento da missão espacial.

NOTA: entre 9/10 e 10/10

Portanto quando junta tudo isso você entende o porquê de Chris Claremont (criador da saga) ter gostado do resultado final.O filme poderia ter sido melhor? Sim! Mas talvez com as regravações e todas novela da compra do estúdio pode ter afetado alguns pontos.No fim ele focou no instituto, nos mutantes contra eles mesmos e nas crianças. X-men: Fênix Negra foi um final que fechou bem a era mutante nos cinemas. Assistam o fim dessa saga que contribuiu muito para os filmes de herói.

 

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