CRÍTICA: Sonic – O Filme

Com o recente sucesso de Detetive Pikachu da Warner Bros., a Paramount Pictures em parceria com a SEGA (a desenvolvedora do jogo),  deu sinal verde e fez com que Sonic, o nosso querido ouriço azul dos games, entrasse na onda de adaptações de games para o cinema. E não é que deu certo?

E vamos de sinopse: O longa segue as aventuras de Sonic enquanto ele tenta se adaptar à nova vida na Terra com seu novo melhor amigo humano, o policial Tom Wachowski (James Marsden). Sonic e Tom unem forças para tentar impedir que o vilão Dr. Robotnik (Jim Carrey) capture Sonic e use seus poderes para dominar a humanidade. O filme também conta com a esposa de Tom, a Maddie (Tika Sumpter) e Ben Schwartz dublando o Sonic. No Brasil, a dublagem ficou por conta do Manolo Rey, o dublador oficial do Sonic em diversas mídias.

Antes de mais nada, vou refrescar a memória de vocês: esse filme era para ter saído em 2019, mais precisamente em novembro. Mas por que adiaram e lançaram só agora em 13 de fevereiro? Tudo começou naquele fatídico abril de 2019, onde teve o lançamento oficial do primeiro trailer do filme. Eles esperavam: elogios/receberam: uma enxurrada de crítica em relação ao visual do Sonic (a autora aqui estava só no desespero e desapontamento). Eles realmente tinham levado a sério o fato do ‘live-action’ de um ouriço azul corredor e o fizeram realístico demais: com dentes humanos, braços e pernas de atletas e pelagem fora do normal. Aquilo foi uma bizarrice total e a Paramount ouviu o desespero dos fãs (e com razão) sobre mudar a aparência do amado Sonic. Deixo aqui total respeito pela Paramount, pois são pouquíssimos estúdios que ouçam os fãs e fazem uma reformulação TOTAL do personagem de última hora. Depois de seis meses veio o segundo trailer e o milagre aconteceu: o Sonic estava perfeito! (Paramount obrigada por TUDO). Só restava a chegada do filme.

(Paramount Pictures/Reprodução)

E bom, se você pensa que Sonic: O Filme é daqueles filmes com um roteiro super desenvolvido, com personagens aprofundados, pode já descartar esse pensamento. Aqui é um filme para todas as idades: desde os fãs antigos até os mais novos fãs, ou seja, nada de roteiro muito aprofundado, personagens desenvolvidos. O roteiro aqui é mais genérico, com muita comédia, muitos erros de continuidade e momentos clichês sobre aproveitamento da vida, amizade, família além do vilão querendo controlar o universo, já abatidos em muitos outros filmes.

Em contrapartida, para aqueles que cresceram jogando Sonic, há elementos aqui que a nostalgia vem à tona: o personagem em si, principalmente quando ele vira a “bolinha”; outros personagens inesperados; cenários e até o barulhinho dos anéis-portais é lembrado por aqui. O filme é cheio de easter-eggs do começo ao fim: desde sua abertura até os créditos finais, mas esses easter-eggs não precisam ser necessariamente do universo do Sonic! Um filme de um ouriço azul corredor não terá cenas de ação bacanas? Claro que vai ter! Aliás, as cenas do Sonic lembram muito as cenas de um mutante que corria muito rápido e que tinham músicas nelas, ou seja, elas são muito boas. Outro ponto positivo!

(Paramount Pictures/Reprodução)

O filme possui bastante comédia, mas ela vem diretamente de seus personagens: Sonic e Dr.Robotnik. Sabe quando nós vamos viajar e chegando lá, queremos conhecer tudo? Sonic é retratado exatamente assim, como alguém super entusiasmado em conhecer a cidadezinha pacata de Green Hills. E mesmo que ele seja um personagem totalmente em CGI, a dublagem realizada pelo ator Ben Schwartz foi muito boa, pois conseguimos captar essa “essência”. Apesar de um tanto quanto “rápida”, a origem que já conhecemos do Sonic é entregue e o desenvolvimento fica em torno desse “garoto entusiasmado e otimista”, com momentos infelizmente abatidos em outros filmes, mas compensado por um CGI extremamente muito bom do ouriço azul.

Depois de uma pausa de 4 anos dos cinemas, Jim Carrey volta e interpretando logo o gênesis de Sonic, o Dr.Robotnik, um homem inteligentíssimo e que encontra na tecnologia o seu maior empenho (até então). Jim faz um trabalho extraordinário aqui, de muitas facetas e com gestuais lembrando seus antigos trabalhos. O carisma do ator contribui bastante para que o personagem seja um dos pontos altos do filme, sobressaindo o desenvolvimento em torno do personagem, com a motivação parecendo ser mais um clichê: o bullying e seu ódio por todos. Já outros atores como James Marsden e Tika Sumpter, interpretando respectivamente o policial Tom e sua esposa Maddie, não possuem tanto destaque devido aos desenvolvimentos de seus personagens por aqui. Você até consegue ter empatia pelos dois, mas não se aprofunda mais do que isso.

Jim Carrey como Dr.Robotnik (Paramount Pictures/Reprodução)

Você pode estar se perguntando se depois de tudo isso vale a pena assistir: VALE SIM! Esse filme é o típico filme para o entretenimento, ir com sua família para passar o tempo e até relembrar de quando você era mais novo e jogava em casa os jogos do Sonic. Um dado complementar sobre esse filme: no primeiro final de semana de estreia, o filme ultrapassou Detetive Pikachu e se tornou a maior estreia de um filme de videogame. Então sim, vale a pena assistir. Ah e prepare-se, pois o filme possui DUAS cenas pós-créditos e eu te garanto que vai ter muito gamer aí que vai sofrer de amor.

Sonic – O Filme, da Paramount Pictures estreou dia 13 de fevereiro. Então vá a um cinema mais próximo de você e vá assistir ao filme!

Você também pode gostar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *