CRÍTICA: Little Voice, a mais nova série musical da Apple TV +

Fãs de musicais, uni-vos! Hoje vim falar sobre Little Voice. A série estreou esse semestre no streaming Apple Tv+ e virou minha série do conforto.

Sinopse

A série é da nossa dupla querida: Sara Bareilles e Jessie Nelson, e conta com a produção de JJ Abrams. É um drama e romance que se passa em Nova Iorque narrando a vida de Bess King (Britanny O’grady), uma cantora, que busca uma carreira de sucesso, enquanto têm que lutar contra a dificuldade da vida na cidade, tanto por questões financeiras como familiares, românticas, etc.

A Sara já mencionou que não é auto biográfica, mas de fato é inspirado em alguns detalhes da vida dela, principalmente no começo da carreira. A gente percebe bem a atmosfera de homenagem à música de Nova Iorque, à Broadway, ambientes queridos da Sara. Enfim, com episódios de 30 minutinhos no máximo, a série virou uma série do conforto para mim, além de ser uma felicidade ter composições novas da Sara toda semana.

Little Voice

Quem é fã da Sara já deve ter percebido que a série leva o nome do álbum dela de 2007, Little Voice. A música que leva o nome da série foi tirada do álbum porque na época não consideraram boa o suficiente. Mas a compositora continuou carregando essas letras consigo por 13 anos, e, finalmente, virou a música tema da sua própria série. Além de ¨Little Voice¨, Bareilles também compôs a trilha cantada pela nossa querida Bess, e nós vamos ouvindo suas composições ao longo dos episódios. Cada música tem uma atmosfera condizente com a temática do episódio, e no episódio 6, chamado ¨Ghost Light¨, a cena de criação da música é uma das cenas mais bonitas da série.

A série começa com uma Bess bem tímida, mas já extremamente talentosa (afinal, sua fada madrinha de composições é Bareilles). A jornada é sobre saber usar sua voz. Percebe-se uma mensagem muito positiva por parte das autoras, de motivação. Além de Bess, conhecemos o triângulo amoroso – que inicialmente não ia existir! -, composto por Samuel (Colton Ryan), um músico, que ajuda Bess a adentrar nessa carreira, sendo sua dupla e Ethan (Sean Teale), um cinegrafista recém mudado para Nova Iorque. É um ponto crucial na trama, porque mostra a própria dificuldade da Bess em se render ao afeto, como se precisasse carregar o mundo inteiro nas costas. Às vezes queria sacodir nossa querida protagonista e lembrar: o amor e o carinho não são importantes só durante os momentos felizes, mas especialmente durante os difíceis.

Conhecemos também Louie, o irmão de Bess, que é fissurado por musicais e traz sempre cenas com referências à Broadway, Benny e Prisha, melhor amiga da protagonista, que protagoniza um episódio muito tocante (Dear Hope). Celebra a diversidade musical e cultural de Nova Iorque com suas cenas e estilos musicais variados.

Mas se os episódios são de apenas 30 minutos, as temáticas abordadas cabem em muito mais tempo (fica a dica pois adoraria mais episódios, querida apple tv). A série aborda temáticas sérias como alcoolismo, homofobia, machismo, abandono parental e assédio dentro da indústria musical. São temáticas não estranhas à Bareilles, afinal, está na indústria por muito tempo. O próprio musical Waitress é uma carta de amor à maternidade, e acima de tudo a si mesma. Sobre não esquecer sua essência.

Na minha opinião, é um grande desabafo das autoras, sobre o mundo que vivemos hoje. Eu gostei demais dos cenários escolhidos para a série, um ar bem musical (o que quer que isso signifique) e uma homenagem à artistas como Aretha Franklin, Joni Mitchell, Sinatra, o musical My Fair Lady, e também aos artistas de rua, independentes, e lutadores da Big Apple. Afinal, a música é nada mais que uma expressão de amor, né? Foi uma boa surpresa nesse segundo semestre, e espero ansiosamente toda sexta feira pelos episódios. Espero muito mesmo que seja renovada, porque começou de forma bem promissora. Se é uma série curtinha, poucos episódios e duração, é uma série que aquece nosso coração com o sol nova iorquino.

E você, já viu a série? Comenta o que tá achando!

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