CRÍTICA | Do conto ao moderno, A Pequena Sereia revitaliza a nova geração de princesas reais

Depois dos live-action quase fracassados das princesas Cinderela, A Bela e a Fera, Alladin e Mulan, com uma nova versão de A Bela Adormecida tendo o seu protagonismo inteiramente em Malévola (por onde ganhou duas sequências, podendo ter um terceiro filme futuramente) e virando o único com destaque (positiva) em sua originalidade, chega mais uma versão live-action das princesas da Disney: A Pequena Sereia.

Como já conhecemos, A Pequena Sereia segue a jornada de Ariel, a mais nova das filhas do Rei Tritão, e a mais desafiadora por ansiar em descobrir mais sobre o mundo além do mar e, ao visitar a superfície, se apaixona pelo arrojado príncipe Eric. Enquanto as sereias são proibidas de interagir com humanos, Ariel deve seguir seu coração. Ela faz um acordo com a bruxa do mar malvada, Úrsula, que lhe dá a chance de experimentar a vida em terra, mas acaba colocando sua vida – e a coroa de seu pai – em risco.

Na animação original temos uma sereia branca de cabelos lisos e ruivos, nesse, temos uma sereia negra e com cabelos dreads ruivos vivida pela cantora e atriz novata Halle Bailey. O que seria de uma mudança extremamente positiva no quesito de representatividade trazendo espaço para que todas as garotas/mulheres se sintam realizadas, acabou virando alvo de racismo, mais uma vez. Ao invés de julgar uma mulher pela sua capacidade na atuação, a julgam pela sua pele. Felizmente, os mesmos que julgaram da protagonista, serão os mesmos que ficarão calados (ainda bem!)

Halle Bailey é uma força da natureza. Sua presença como Ariel é inocente, doce, magnética e encantadora. Josi Benson que interpretou a Ariel no original, já emocionava com seu canto potente, agora imagina tendo a oportunidade de vermos a sereia se expressando e cantando, com uma potência ainda maior? Essa foi a Halle, que conseguiu passar emoção tanto nas expressões corporais quanto na hora que canta… e como canta e encanta!

Ouvir “Part of Your World”, “For The First Time” e outras participações da sereia em coro de segunda voz nas outras canções (e digo em grande parte delas), foi realmente um primor e um acerto perfeito que o estúdio fez por ter sido seu primeiro papel como atriz com uma personagem tão vívida em nossa infância. Halle deu conta do recado, indo mais além e sendo a sereia perfeita com sua potência vocal, transbordando a natureza teimosa e a ingenuidade que Ariel pensa dos humanos – ou ao menos pensava. Com mais camadas dramáticas na história Eric, entendemos do porquê Ariel seria instantaneamente atraída – e não é pela beleza do belo rapaz como no original, mas pelo seu fascínio por coisas humanas, como música, arte e a noção de liberdade fora d’água.

Da mesma forma que o canto da sereia encanta o Príncipe Eric, nós somos levados também.

O príncipe Eric vivido por Jonah Hauer-King é charmoso, encantador e perdido dessa nova roupagem do personagem. Tanto Halle quanto Jonah trouxeram em suas atuações uma humanidade sob os personagens através da expressão tanto corporal quanto no olhar, principalmente quando Ariel e Eric estão nutrindo o romance maduro entre ambos conforme vai passando o filme. A química entre os dois é inegável e já não consigo nem imaginar outro ator sem ser ele.

Novidade para todo mundo, o Eric possui uma música própria, “Wild Uncharted Waters”, fazendo Jonah me surpreender positivamente na hora da cena musical – por mais que não vejo necessidade da inserção da música e entendendo a mensagem que Lin e Alan quiseram passar.

Uma das personagens “meio-humanas” pelo qual estava preocupada era a interpretação da Melissa McCarthy como Úrsula. Por ser uma vilã tão carismática e memorável, não só pela sua personalidade marcante, ter uma das canções mais memoráveis, com motivações complexas e ter um visual único de um polvo gigante com inspiração a drag queen Divine, para uma parte do público ela chega até a “roubar” o protagonismo da sereia pela sua presença, então a responsabilidade era bem grande em desenvolvê-la. Melissa é mais conhecida por ser uma atriz de filmes de comédia, então foi bem bacana vê-la ter essa versatilidade entre o drama e a comédia que a personagem precisa e desempenhar bem. Ela não chegou a ser a Úrsula perfeita, pois no quesito da sua atuação, senti que a dramatização e a comédia que ela tanto deu em si na cena de “Poor Unfortunate Souls” – que inclusive foi uma grande surpresa vê-la cantar e muito bem, diga-se de passagem – foi insuficiente nas outras cenas, principalmente na final.

Outros aspectos como figuração e roteiro sendo insuficiente na dramatização, contribuiu ainda mais para que a Úrsula não fosse aquilo que estávamos esperando. A figuração da Úrsula falta dos elementos visuais marcantes que a personagem tem: seus cílios enormes, a sobrancelha super arqueada e uma pinta (!!), elementos característicos que serviram de inspiração da Drag Queen Divine à personagem (e nada contra a Melissa, mas aplaudiria de pé se a Disney escalasse uma Drag Queen para a interpretação). Ao mesmo tempo que estamos vendo características reais de animais, vemos a mescla junto a característica visual da animação, como Linguado – que é um peixe todo amarronzado e aqui colocado em amarelo com listras pretas. Entende o que digo?

Algo que eu esperaria de novo da personagem, seria uma nova música original feita para o filme. Seria um impacto muito positivo. Mas poderia ser pior e ainda bem que não foi.

Chegando no núcleo de personagens em CGI temos o Jacob Tremblay, ator que vimos crescer diante dos filmes que ele estreava. Mesmo que ele tenha já feito dublagem para outra produção da Disney (“Luca”) e foi excelente, aqui não se diferencia muito. O Linguado, melhor amigo da Ariel que a acompanha em suas aventuras dentro e fora do mar, é o personagem do núcleo de animais que têm mais importância. Jacob em sua dublagem traz a inocência de um peixinho que é super medroso, mas aventureiro o bastante como sua melhor amiga Ariel. Infelizmente, sua presença no filme fica aquém por não ter destaque o suficiente do que teve no original. E isso não deixo somente na questão do realismo, mas também no roteiro que, da mesma forma que eles criaram uma música para o Sabidão e para o Eric, poderiam ter criado ou remodelado a canção “É o Amor” presente nas peças de A Pequena Sereia. Uma pena.

Chegamos no Sebastião dublado por Daveed Diggs. Daveed para quem não o conhece, é um ator que iniciou sua carreira em peças teatrais, sendo a de maior destaque o espetáculo Hamilton, criado por Lin-Manuel Miranda e que lhe rendeu aclamações críticas e prêmios pela sua versatilidade, principalmente com seu talento no rap. Não à toa, Daveed e Lin marcam presença mais uma vez, mas agora um na dublagem e outro na produção musical. Na animação, Sebastião além de ser um caranguejo conselheiro e braço direito do rei Tritão, sua personalidade sempre cativou, divertiu e trouxe performances musicais memoráveis como “Under The Sea”. No filme, Daveed triplica ainda mais de o porquê Sebastião ser conhecido pelo público, roubando em cada cena que aparecia, um riso nosso. Ele continua sendo um grande destaque na história da sereia, mas que acaba dividindo essa atenção em algumas cenas quando o Sabidão chega e os dois acabam dando sermão um ao outro – e ainda com direito a batalha de rap entre Daveed Diggs e Awkafina.

Por último vem o Sabidão dublado pela atriz comediante Awkwafina. No original, o que seria mais uma gaivota por estar sempre na superfície, aqui eles transformaram para um ganso-patola, uma ave aquática que realiza mergulhos de alta velocidade a 40 metros de profundidade e que é desajeitado em decolagem e aterrissagem, fator esse que contribuiu para o lado comédia e a contratação da Awkwafina. Confesso que essa foi uma contratação um tanto quanto curiosa, pois nem conseguiria imaginar a sua interpretação e muito menos que o personagem teria uma música solo. Essa parte cômica que deram a mais para o Sabidão às vezes funciona e outras não, deixando um  exagero na dublagem em algumas cenas, principalmente pela Awkwafina ser também uma rapper e trazer a modalidade oral (com diminuição de flexões) muito forte presente em letras do gênero hip-hop Como já dito nos personagens anteriores, “surpresa” foi a palavra mais usada para as cenas musicais e por mais irônico que eu possa dizer pela crítica sobre a dublagem da Awkwafina, mas o Sabidão foi algo fora da curva com sua música: não só pela ave ter uma cena musical com direito a batalha de rap, mas por onde essa cena se encaixa – confesso que achei melhor que a do original. Por Sabidão não ser tão protagonista quanto o Linguado é, o “respingo” de mal aproveitamento fica menos pior.

O roteiro escrito por Dave Mage acrescenta uma profundidade maior a história do original, deixando menos superficial e mais moderno. Não é uma história de pescador sobre marinheiros se apaixonarem por sereias ou vice-versa, mas sim sobre sua própria autodescoberta e se aventurar no mundo sem ser subestimado ou incompreendido.

Se no original, depois que Ariel ganhou pernas e ficou sem sua voz ficou boa parte do castelo junto ao Eric e aos pais, o explorar no live-action é externo, fazendo um coincidente paralelo ao fato do Eric querer se aventurar pelo mundo e à Ariel que gostaria de conhecer a superfície sem pressão de seu pai Tritão. Percorremos as áreas ao redor do castelo, com um clima caribenho na ilha com muita alegria e dança dos habitantes locais, algo que ela era limitada por suas barbatanas. Gostei muito desse novo caminho que fizeram em explorar o lado de fora, já que do castelo conhecemos no original. Os paralelos das cenas externas com as cenas de dentro do castelo na animação eu achei maravilhosos.

Com uma Ariel mais independente e empoderada – sem dar a sua voz para um homem, ela reforça mais a relação de superfície e mar coexistirem muito bem a ponto de se ajudarem, além de claro, não ter mais essa necessidade da própria provação da sereia diante do que ela mais almeja: saber mais sobre os humanos, sem que o príncipe Eric seja o principal fator.

Gostei muito inclusive das novas camadas dramáticas e mudanças sobre a história do Príncipe Eric, que não se comporta como alguém da realeza, mas sim de apenas um marinheiro procurando seu lugar no mundo. Não só isso, mas temos mais contexto sobre os pais dele e desse sentimento que ele carrega. Com apenas a presença da mãe negra (!), a Rainha Seline sendo interpretada otimamente por Noma Dumezweni, já há uma quebra de paradigma em um determinado assunto. Como o Eric está mais em busca de novas aventuras e saber do seu lugar no mundo como a Ariel, o objetivo de ter uma esposa fica em segundos, terceiros planos.

Em termos mais técnicos, outras novas mudanças foram (quase) bem-vindas. Com uma nova visão da história por assim dizer, temos adição de novas cenas, diálogos e novas músicas. Cenas do original que aqui foram transformadas em novas, mas mantendo a essência do que já havíamos assistido; diálogos não tão rebuscados e mais atuais; por fim novas músicas. Um bônus dessas novas cenas adicionadas, tem uma que eu achei muito inteligente: onde o príncipe Eric descobre o nome da Ariel.

A trilha sonora é um elemento importantíssimo para A Pequena Sereia. Com o retorno do compositor Alan Menken, ele convidou Lin Manuel Miranda para produzir e compor as novas músicas e alterar outras já conhecidas para os tempos atuais.

A nova versão de “Part of Your World” sob a potência vocal de Halle e “Under The Sea” sob carisma e diversão de Daveed Diggs são as duas originais que mais se sobressaiam aqui. “Kiss The Girl” e “Poor Unfortunate Souls” são as duas originais que foram alteradas e adequadas aos tempos atuais: com Ariel sem sofrer assédio de Eric por querer muito beijá-la e por Úrsula manipular à Ariel dizendo que as garotas não deveriam dizer o que sentem na hora que querem (sendo que é o contrário, claro). O que é ótimo. Algo que eu senti falta é de uma música solo para o Linguado como na peça de teatro que ele até participa um bom tempo da música “É o Amor” que divide a cena com as irmãs da Ariel e uma nova música original da Úrsula, já que é uma personagem icônica e que teria mais impacto se tivesse uma nova música sendo uma surpresa para todos.

Tivemos três novas músicas: “Wild Uncharted Waters”, “For The First Time” e “The Scuttlebutt”. Dessas três, duas acredito que Alan e Lin quiseram captar mais a questão teatral do desenho. “Wild Uncharted Waters”, é a música solo do Eric, que por mais que entenda a intenção de colocá-la no filme e de Jonah cantar muito bem, não achei válida ter a sua presença. A música me lembra muito de “Her Voice”, música presente na peça com o Eric procurando a voz por quem se apaixonou. “For The First Time” é a segunda música “adaptada” dos teatros para o filme, como se fosse uma nova versão de “Beyond My Wildest Dreams”. Essa música, diferente do solo do Eric, funcionou muito bem não só pela potência vocal de Halle, mas por ser uma adorável introdução da experimentação da sua nova forma: ser humana. Falar sobre “The Scuttlebutt” ser a música do Sabidão, pode dividir muita gente. Eu particularmente amei – mesmo com algumas ressalvas da dublagem. É totalmente original e parecendo uma batalha de rap divertida entre o Sabidão e Sebastião – dupla que roubava a cena quando juntos. O que pode parecer estranho para algumas pessoas por ser uma música que vem logo depois de uma cena dramática sobre a descoberta dos planos de Úrsula em relação à Ariel.

Claro que tirando as novidades da história, grande parte das cenas são cópia do original, respeitando inclusive o trabalho feito por John Musker, Ron Clements, dupla que criou as animações Alladin, Hércules, A Princesa e o Sapo e Moana. Dá até uma nostalgia e um quentinho no coração com essas cenas sendo replicadas.

“Você não precisa da sua voz para ser ouvida”. Incompreensão. Subestimado. Pertencimento. Sua existência já é válida de viver, você não precisa da sua voz para provar a ninguém.

Antigamente, sabemos que a questão de representatividade não era tão falada justamente por questões socioculturais, sendo bem raro grupos minoritários terem protagonismo em diversas produções: era como se houvesse apenas pessoas brancas e os negros, amarelos, indígenas e até mulheres viviam em um submundo da sociedade. Mesmo que a presença de pessoas atuando seja ainda predominantemente branca, há bem mais produções com elenco diversificado do que foi ano passado, isso detendo de raça, cor e sexualidade.

Você escolher uma das personagens mais conhecidas da Disney como Ariel sendo interpretada por uma atriz negra, é um passo muito grande para a nova e velha geração de crianças e mulheres negras que nunca se viram em uma sereia terem o sentimento de pertencimento – principalmente quando falamos desses seres mitológicos nas produções terem protagonismo branco. Halle é a primeira sereia negra protagonista não só da Disney em si (mesmo que tivemos participações breves de sereias negras em Piratas Do Caribe: Navegando Em Águas Misteriosas), mas no contexto geral de produções do gênero. Um bônus são as irmãs da Ariel, que são todas atrizes diversas e possuem uma lógica por trás: cada uma é uma princesa de um mar distinto, deixando de lado aquela ideia de que todas são do mesmo mar.

Mas infelizmente, às vezes o mar não está para peixe e um ponto que pegou muito – e o que grande parte das reclamações quando algum live-action é anunciado, é apostar mais no realismo do que de fato as expressões caricatas que víamos nos originais. Com esse realismo, muito do que era “magia” dos seres aquáticos se perde e reforça as reclamações não estão sendo feitas à toa.

Ter um filme que se passa quase o tempo todo embaixo d’agua já é desafiador o bastante para realizá-lo. Claro que há exceções quando o estúdio em si tem budget o suficiente para a contração de um estúdio de efeitos especiais de renome para tal responsabilidade.

Muita gente estava com medo das cores no filme, pois nos materiais de divulgação as cores eram mais frias por conta do filtro mais frio e isso estava preocupando muito. Porém no filme é muito diferente e realmente há muita cor, principalmente em “Under The Sea”.

Então nesse quesito de cor, ele está muito vívido, porém em questão de efeitos especiais na água em si, como a hora de cantar, falar, nadar, dançar é muito estranho. Obviamente não existe sereias ou peixes que cantam e falam, porém mesmo assim os efeitos não estão muito aceitáveis. Não vou pedir uma qualidade no mesmo patamar de Avatar O Caminho da Água, mas eles poderiam ter refinado mais essa questão dos efeitos especiais dentro dela.

Um outro tópico referente aos efeitos especiais é sobre esse realismo em transformar uma animação onde os animais são mais caricatos obviamente e eles transformaram em “animais reais”. Isso traz uma quebra de expectativa por conta de mexer muito com o imaginário de um filme de fantasia da infância.

Sabemos que muito do público é um público mais velho ou quase mais velho por conta de ser um filme de infância que você assistiu e ter todo um contexto inocente e fantasioso daquele universo passando para você. Só que transformar em um filme realista acaba perdendo um pouco da magia que havia do material original.

Por exemplo, até a primeira parte do filme senti muito estranhamento em relação ao castelo do  Reino por ser feito de corais e não por ter um castelo afundado. Tem uma lógica? Tem uma lógica, mas eu esperava um pouco mais dessa questão de ser alguma cidade afundada.

Passado disso, vamos aos principais animais: Linguado, Sebastião, Sabidão e “em partes” Úrsula.  Tirando a Úrsula, os outros personagens têm esse problema infelizmente de não passar a magia que o desenho original passava através de uma tela. Claro que um ou outro tem um grande destaque, mas isso é referente muito mais a forma da interpretação na dublagem do que o personagem em si visualmente. De primeiro momento você pode ter um estranhamento, mas conforme vai decorrendo o filme você vai aceitando e não se incomoda tanto quanto na primeira vez.

Agora falando em Úrsula, é saber da noção do que estamos vendo é um polvo fêmea. É muito estranho, mas aceitável o andar da personagem no ambiente onde ela mora. Algumas partes da personagem ficam um pouco estranhas no CGI, mas é a que teve menos “problemas” enquanto a isso.

Continuando essa questão de efeitos visuais, entramos na questão da iluminação, porque é muito importante quando se fala de um fundo do mar. O que acontece infelizmente aqui há muitos problemas de iluminação e alguns são até aceitáveis por fazerem parte da personalidade e ambientação dos personagens, porém outros acabam atrapalhando demais a experiência em cenas muito importantes como por exemplo a cena final entre a Gigante Úrsula, o príncipe Eric e Ariel.

Uma cena que mais parece um Cthulhu em uma batalha à lá Piratas do Caribe: No Fim do Mundo (algo que não é coincidência já que o Rob Marshall foi o diretor do quarto filme da franquia – não dando muito retorno em bilheteria para a Disney). Uma pena, porque até difícil ver o que está acontecendo com detalhes pela falta de iluminação – e tinha tudo para ser uma ótima cena, viu?

Mas sabe, diante de todos os seus problemas, ele funciona como o melhor live action de princesas e um dos melhores live action já feitos da Disney. Expandido ainda mais a história da mitologia de sereias, trazendo um olhar mais moderno e necessário de visões já ultrapassadas, A Pequena Sereia é uma prova de que a Disney ainda pode surpreender bem o público receoso com novos anúncios de live action e encantar a nova geração.

Diante de críticas positivas ou negativas sobre o filme, o fator mais importante não é bilheteria. É de ver um sorriso no rosto de crianças e mulheres (sendo mães, tias e avós) em saber que, mesmo sendo em um mundo de fantasia, elas podem sim ser sereias, rainhas, princesas e existirem nesses mundos e não serem tratadas de forma subjugada, mas sim como qualquer pessoa. E não só de fantasia, mas de ficção, de drama, de comédia, de aventura e na vida real. Isso não tem preço.

Notas: 🧜🏾‍♀️🧜🏾‍♀️🧜🏾‍♀️🧜🏾‍♀️🧜🏾‍♀️

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