Primeiras Impressões | Confira o que achamos dos dois primeiros episódios de Cavaleiro da Lua!

A convite da Disney Brasil assistimos aos dois primeiros episódios de Cavaleiro da Lua, a próxima série da Marvel Studios para a Disney+. Cavaleiro da Lua está sendo uma das séries aguardadas nesse ano do estúdio não só por termos Oscar Isaac – e todo seu histórico  interpretando Poe Dameron em Star Wars – no papel do protagonista, mas sobre o herói estar se juntando nessa nova leva de novos heróis que o grande público nem ao menos nunca ouviu falar.

Cavaleiro da Lua segue a história de Steven Grant, um gentil e educado funcionário de uma loja de souvenir num museu londrino que sofre apagões constantes e apresenta memórias de uma vida desconhecida e de pessoas diferentes. Ele acaba descobrindo que é portador de transtorno dissociativo de identidade e divide sua vida com o guerreiro de Konshu, Marc Spector. Mesmo sofrendo com toda esta situação, ele acaba aceitando a nova realidade, sempre tentando solucionar os seus principais mistérios e enfrentando os vilões presentes tanto na vida de Grant, quanto na de Spector.

(Marvel Studios/Disney+/Divulgação)

Contando ao todo seis episódios, a série faz parte do novo tom que a Marvel Studios está apresentando: sobrenatural puxando para o sombrio. Mas será que realmente tem? Spoiler: mais ou menos. O sobrenatural aqui puxa muito para a mitologia egípcia, em torno dos elementos escolhidos pelos roteiristas para o rumo da história. Já o sombrio, não é tão sombrio assim, pois em cenas que temos jumpscares, logo em seguida temos uma pitada de comédia, fazendo com que a série não seja completamente o que foi proposta para o público – o que é uma pena, pois aqui o terror psicológico encaixaria muito se não houvesse isso. Nem entro no mérito da brutalidade que o Kevin Feige disse em entrevista, pois não há nenhum vestígio.

Muitos fãs do personagem podem não gostar de algumas mudanças na história base dele, mas em compensação, reutilizaram personagens secundários dos quadrinhos transformando-se em antagonistas ou até protagonistas. E sabe o que é mais bacana de Cavaleiro da Lua? É que o estúdio aparentemente aprendeu e não está estragando as surpresas durante a divulgação – e que continue, porque assim deixa o mistério dentro/fora das telas.

Oscar Isaac felizmente teve o seu momento de brilho, algo que esperávamos lá em Star Wars com Poe Dameron. O ator mostrou que não é dos medianos e por ter que interpretar personalidades distintas, ele cumpre com a proposta que lhe foi dada. Ele dá uma garantia de que pode vir o Marc Spector, Steven Grant, Mr. Knight e o que for, mas ele consegue entregar um ótimo trabalho.

Ethan Hawke falou em entrevista para Seth Meyers que para interpretar Arthur Harrow, ele teve inspiração no líder de culto norte-americano: David Koresh. Realmente, Ethan se inspirou muito, trazendo do “frio e calculista”, apenas o calculista – até então. À medida que as aparições eram feitas, o personagem mostrava um pouco mais do que ele é capaz para conseguir o que tanto almejava. Nós espectadores, principalmente aqueles que amam o tema da mitologia egípcia, podemos até uma carta na manga para chutar um grande palpite do que eles criaram em torno do personagem.

(Marvel Studios/Disney+/Divulgação)

Agora algo que realmente é bem utilizado e pontual é a apresentação da mitologia egípcia – e não é surpreendente, já que temos a presença do diretor egípcio Mohamed Diab. Elementos, história, ambientação… não há nada que podemos criticar. Aliás, para quem se interessou na mitologia através das aulas de História, jogos e filmes, já é meio caminho andado para gostar da série. Mesmo que seja apenas dois episódios, já deu para ficar com um gostinho de quero mais para os próximos.

Porém teve elementos que me incomodaram, como o CGI das cenas, principalmente quando são cenas de ação em ambientes claros. Não há contraste na profundidade dos personagens que possuem o branco na sua estética, o que piora ainda mais que todos nós sabemos que aquilo – de certa forma – não existe. Algo que também foi incômodo, é questão da própria narrativa ter repetições que não são necessárias, já que entendemos logo de cara sobre o que está sendo colocado em cena.  Por último é a abordagem da saúde mental do personagem, principalmente vindo de um determinado personagem do núcleo do Steve/Marc – algo que eles poderiam ter mais cuidado quando o personagem estava se dissociando-se.

Como não dá para ter uma opinião geral de todos os seis episódios através de dois deles, a série é cumprida através da atuação de Oscar Isaac, cenas de ação e dos elementos da mitologia egípcia – que pelo final do segundo episódio, será a ambientação dos próximos. A história é interessante? É sim, principalmente pela motivação do personagem de vestir o uniforme do Cavaleiro da Lua, mas não é revolucionária. Ficarei no aguardo com os próximos episódios, mas no modo seguro para que não seja decepcionante e que possa me surpreender positivamente em alguma reviravolta, já que por enquanto a série está amena.

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