CRITICA: 007 – Sem Tempo para Morrer

James Bond, um personagem tão conhecido e aclamado por várias gerações, é um personagem recorrente, com 25 filmes e quase 60 anos, e cada geração James Bond tem suas características próprias, e sempre diferenciando dos anteriores, com suas histórias que estão ao lado do personagem também mudam. E no ‘Sem tempo para Morrer’, um dos filmes mais humanizados do nosso amado espião, encerra a versão protagonizada por Daniel Craig, após 15 anos com o manto do 007 e com cinco filmes ao todo.

Official James Bond Podcast Will Explore The Making of No Time to Die(Imagem: Divulgação / Universal Pictures)

‘007 – Sem Tempo para Morrer’, marca a aposentadoria do Daniel Craig atuando como o  personagem criado por Ian Fleming em 1953, o primeiro livro sobre o agente britânico James Bond, criando um peso enorme para esse filme, alta expectativa e ansiedade para o desfecho da história de Bond são altas, mas será que conseguiram fechar essa era do James Bond de forma positiva?

O filme tem um peso enorme, como dito, um ano depois do lançamento de 007 – Contra Spectre, que divide opiniões até hoje, começou a pré-produção do capítulo final dessa fase do espião britânico. As gravações começaram em abril de  2019, tendo locações como, Jamaica, Noruega, Escócia e Itália, além do habitual cenário londrino. Este que foi o primeiro filme da franquia a ter cenas filmadas com a tecnologia IMAX, o que deixa mais especial ainda na hora de ver o filme. O longa, estava definido para o final de 2019, mas teve que mudar para o começo de 2020, por conta do nosso maior vilão dos tempos atuais a COVID-19, o filme teve que ser remarcado, fazendo a espera demorar 6 anos.

Rumores negados: substituto de James Bond não será mulher - GQ | Cultura(Imagem: Divulgação / Universal Pictures)

Esse filme é uma sequência dos acontecimentos de ‘Spectre’, o que acaba rolando uma característica dos filmes do Daniel Craig, sempre tem algo do antigo filme para o novo, criando seu próprio universo. Agora no novo longa, trás Bond cinco anos aposentado no cargo de 007, que passa para a nova agente Nomi (Lashana Lynch), mas mesmo afastado da função como agente do MI6, o agente nunca tem descanso por conta de segredos, até mesmo os segredos da sua amada.

 007 – Sem Tempo Para Morrer, tem tempo suficiente para entregar o que promete, aliás o filme é composto por um elenco cheio de estrelas, com um roteiro que entrega referências, o famoso fan service, só que em uma maneira mais requintada e com a música-tema, com a ganhadora do grammy Billie Eilish.

Agora como foi pedido, irei fazer a crítica sem spoilers, para não estragar a experiência de ver o filme final da saga do ator Daniel Craig como James Bond.

“Tempo”. Essa palavra tão pequena e significativa é um tema para o filme todo, ela está no nome do filme, ela é repetida toda hora no roteiro, o tema tempo é algo significativo no decorrer do filme, é propositalmente jogado nele todo, e se torna o maior vilão do James Bond.

Mesmo com Rami Malek como Lyutsifer Safin, que usa uma máscara japonesa para encobrir o seu rosto, não é o grande vilão de James Bond, mas devo elogiar a ótima atuação, mesmo com pouco tempo de tela, então é um filme que você não deve esperar um grande vilão, como dito o vilão do agente nesse filme é outro.

007: Sem Tempo para Morrer | Vilão de Rami Malek pode ser um personagem conhecido da franquia - Cinesia Geek(Imagem: Divulgação / Universal Pictures)

Mas filme é muito grande em si, com cenas de ação de tirar o fôlego, ele tem tudo que um filme de ação gosta de proporcionar, perseguição de carro, cenas de luta muito bem coreografadas, locações de tirar o fôlego, até o estereótipo das bond girl tem no filme, mas não foi algo me que agradou ao todo, senti falta da espionagem, me senti nostalgia com as grandes referências requintadas no filme todo, mas ainda senti que faltava algo.

O elenco é a melhor coisa desse filme, os personagens são o ponto algo, a construção do James Bond mostrando mais humanizado do personagem, a Madeline vira uma importante personagem já que o drama do filme é focado em ambos, mas acredito o que brilhou no filme foi a personagem Nomi (Lashana Lynch), a nova 007 e a Paloma (Ana de Armas), mesmo com muito pouco tempo de tela, um dos defeitos do filme, o uma grande parte do elenco é composto por figuras já conhecidas no universo do James Bond, até a presença do vilão de ‘Spectre’.

Lashana Lynch revela ser a nova 007: "Estamos nos afastando da masculinidade tóxica" - GQ | Cinema(Imagem: Divulgação / Universal Pictures)

O veredito, o filme de quase três horas de duração, consegue te prender, mas no final não sai com a sensação de satisfeito, tem muitas coisas que te agradam ao longo dessas 2h43min que você não sente passar, ele consegue entregar um ciclo fechado, um final de história, mas como dito o drama todo é em volta de James e de Madeline, o longa faz você abraçar e até te convencer, mas ainda faltou algo. Todo final de história é complicado se fechar, de uma maneira que agrade a todos, Sem Tempo para Morrer, ao mesmo tempo que completa, sinto que ainda falta e que precisa de algo a mais. Não daria uma chave de ouro para esse filme e sim uma de prata. 

Spectre Q and Bond | The Insightful Panda(Imagem: Divulgação / Universal Pictures)

Como dito o filme é grandioso, vale a chance de vê-lo e se despedir do Daniel Craig como James Bond, cá entre nós, após os acidentes de trabalho, o Craig merece isso e conseguiu entregar mais uma era do James Bond de uma maneira excelente.  

007 – Sem Tempo para Morrer, estreia nesta quinta-feira (30) nos cinemas e ainda não tem data para a plataforma streaming. E agora a pergunta que circula na internet há anos, quem vai ser o novo o novo James Bond e terá que manter o legado?

 

Você também pode gostar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *