Violência Doméstica: Características e Como Identificar

ATENÇÃO! ESSE POST CONTÉM GATILHOS DE: VIOLÊNCIA, RELACIONAMENTOS ABUSIVOS.
CASO NÃO SE SINTA CONFORTÁVEL LENDO ESSE TIPO DE CONTEÚDO, NÃO LEIA, A SUA SAÚDE MENTAL VEM EM PRIMEIRO LUGAR!

Dados do Senado Federal do ano de 2018 afirmam que cerca de 76 mil relatos de violência contra mulheres foram registrados na Secretaria de Políticas para as Mulheres. É um número alto, muito alto. Entretanto, a realidade é ainda mais dolorosa: esse número cresce exponencialmente se considerarmos os casos não contabilizados, onde a mulher não chega a denunciar a agressão sofrida. Muitos dos casos de violência doméstica não chegam nem a entrar nas estatísticas.
A sociedade machista e patriarcal leva as mulheres a pensarem que devem aceitar tudo o que acontece, pois seus companheiros sabem o que fazem. Essa é uma construção social que precisa ser desfeita o quanto antes, pois mulheres estão sofrendo, sendo violentadas e até mortas todos os dias por causa desse pensamento.
Um dos motivos mais fortes para a falta de denúncias torna o fato ainda mais preocupante: as mulheres tem medo de sofrerem agressões piores dos homens caso os denunciem.
Além disso, a falta de informação sobre delegacias especializadas nesses casos também é um fator agravante. E ainda há um terceiro impedimento para essas denúncias: a falta de sensibilidade e compreensão dos profissionais envolvidos. Muitas mulheres, ao superarem todo o medo e todo o estresse envolvido no processo de denúncia, ainda têm de lidar com o total despreparo de policiais que fazem a vítima se sentir culpada e merecedora de violência.

Todo o ciclo de violência se inicia com um relacionamento abusivo. Este se caracteriza por uma manipulação psicológica por meio de chantagens e ciúmes que levam a vítima a se sentir culpada e se privar de suas vontades e sua liberdade. Porém, nesse tipo de relacionamento, há um fator importante: O parceiro se desculpa e induz a vítima a achar que tudo está certo, quando na verdade, é como uma bomba relógio: questão de tempo até a próxima crise explodir, provavelmente pior ainda. Começa com apenas uma briga verbal e no fim, agressões psicológicas e físicas são comuns.

Não é fácil para uma mulher perceber que está vivendo um relacionamento abusivo. A manipulação que sofre a faz pensar que está tudo bem, e um pensamento extremamente comum é o de que “ele vai mudar”. É importante deixar claro que não é culpa da mulher, ela não está nessa situação porque quer. Ela simplesmente não consegue se libertar sozinha de uma pessoa que a está manipulando. E precisa de ajuda.
Não abandone sua amiga porque “ela não sai mais comigo, só com o namorado”. Os maiores índices de agressão de mulheres e feminicídio vêm de pessoas conhecidas, muitas das vezes de dentro de casa. A vítima precisa de ajuda antes que seja muito tarde. Pelos vários motivos já citados, como o medo e o despreparo, a mulher pode não conseguir se libertar sozinha.
Para tentar amenizar esses casos, surgiu a Lei Maria da Penha. Esta mulher lutou por anos para que seu agressor recebesse a pena devida e, posteriormente, se engajou em vários movimentos de defesa das mulheres, recebendo então a Lei em seu nome, para evitar que mais mulheres ainda passem por essa situação. Foi um avanço importantíssimo, não há dúvidas.
As mulheres precisam saber que estão protegidas pela lei. Entretanto, mais uma vez, é necessário que a vítima denuncie.
Para finalizar esse texto, estes são alguns números de telefone onde mulheres podem buscar assistência e também alguns lugares do Brasil que contam com delegacias de mulheres, mais preparadas para lidar com estes casos.

TELEFONES:

Disque denúncia: 180 – Central de Atendimento à Mulher
Emergência: 190

É importante lembrar que a denúncia via 180 é anônima e a denunciante pode não ser a própria vítima.

DELEGACIAS DA MULHER:
Em briga de marido e mulher, meter a colher pode salvar uma vida.

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