O Spotify lança nesta quarta-feira (16) os últimos dois Spotify Singles de Atemporais, projeto musical inédito e original que homenageia quatro ícones da Música Popular Brasileira que completam 80 anos neste ano. Em homenagem a Gilberto Gil, Pabllo Vittar apresenta sua versão de Back in Bahia; e Linn da Quebrada canta Babá Alapalá.
“Eu sinto uma ligação ancestral com essa canção. Eu sinto que Babá Alapalá é atemporal porque ela se faz no tempo, se marca no tempo, no pai, no filho, no avô… ela está marcada no tempo e se transcende!”, diz Linn da Quebrada. “Back in Bahia me remete muito a voltar pro Brasil, tem uma letra muito significativa, fala de exílio. (…) O que a torna atemporal é essa exaltação da nossa pátria amada”, comenta Pabllo Vittar.
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Além de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Milton Nascimento, e Paulinho da Viola também são homenageados em Atemporais, que foi lançado no dia 19 de outubro com os Spotify Singles Você Não Entende Nada e Da Maior Importância, canções de Caetano, interpretadas por Mari Fernandez e Marina Sena, respectivamente. “Da maior importância é um clássico; para mim, essa música é Caetano demais, é o ápice da personalidade de Caetano! O jeito que ele constrói as músicas faz com que soem atemporais, toda música que ele faz. Eu acho Caetano um dos maiores gênios da música popular brasileira. O jeito que ele conecta o tradicional com uma coisa do mundo. A música dele é do mundo!”, comenta Marina Sena. “Caetano é uma inspiração para a gente. O que torna a canção atemporal [Você não entende nada] é porque é uma canção que fala sobre você se sentir livre, sobre você querer ser solto e é uma canção que vem passando por várias gerações”, completa Mari Fernandez.
Entre as regravações de Atemporais, estão Maria, Maria, na voz de Ludmilla; e Travessia, na versão gravada por Djonga, para celebrar o aniversário de Milton Nascimento. “O cara é um ícone! As músicas dele carregam muita história, têm muita verdade, têm muito contexto. Eu acho ele uma lenda. É cultura, é histórico a galera da nova geração procurar os nossos anteriores, quem entregou música para a gente hoje em dia, quem ajudou a construir”, diz Ludmilla. “A arte feita com o coração e qualidade se torna atemporal. O coração da gente está aqui e ele se perpetua e se mantém vivo através do coração do outro. Quando estamos falando o que a gente sente, estamos, com certeza, falando de uma coisa que amanhã vai ter outra pessoa sentindo também, a gente está mantendo a parada eterna”, comenta Djonga.
Criolo e Emicida apresentam suas versões de Argumento e Não quero vingança, respectivamente, para os 80 anos de Paulinho da Viola. “Ter contato com a obra do Paulinho da Viola é abrir as portas do coração para a arte e para o samba, assim como para uma expressão maior da nossa linguagem”, resume Criolo que, além de seus músicos acompanhantes, gravou a faixa com as Clarianas, grupo musical formado pelas cantoras/atrizes Martinha Soares, Naloana Lima e Naruna Costa. “Não quero vingança tem uma mensagem muito bonita de superação, de transcender alguém que te magoou, quem te machucou, de ir além disso. E acho que isso também conversa com o hoje de alguma forma, essa coisa de você ser maior do que o que feriu você, você não se transformar no que machucou você”, explica Emicida, que trouxe os Prettos, a dupla de samba Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira, que também co-produziu a faixa.
Tão gigantes quanto a força do tempo, esses artistas octogenários marcaram a história da música nacional, cada um ao seu estilo. Atemporais celebra o aniversário desses ícones da Música Popular Brasileira nascidos em 1942 e homenageia suas melodias, vozes e letras em uma coletânea de oito Spotify Singles com versões inéditas de dois clássicos de cada um nas vozes de Pabllo Vittar, Ludmilla, Emicida, Linn da Quebrada, Criolo, Djonga, Mari Fernandez e Marina Sena.