Crítica: Esquadrão 6

Esquadrão 6 é um filme da Netflix, lançado no dia 13 de dezembro. Com Michael Bay na direção e escrito por Rhett Reese e Paul Wernick, o filme tem como elenco: Ryan Reynolds (Um), Mélanie Laurent (Dois), Manuel Garcia-Rulfo (Três), Adria Arjona (Cinco), Corey Hawkins (Sete), Ben Hardy (Quatro) e Dave Franco (Seis).

O enredo do longa reproduz o ditado popular “fazer a justiça com as próprias mãos” bem “a sério”. E vamos de sinopse divulgada pela Netflix: um bilionário que após falsificar a própria morte, monta uma equipe de profissionais internacionais para a ousada e sanguinária missão de derrubar um ditador cruel. É um filme para maiores de 18 por conter violência e algumas cenas contêm efeitos estroboscópicos que podem afetar espectadores fotossensíveis.

Da esquerda para direita: Corey Hawkins (Sete), Adria Arjona (Cinco), Ben Hardy (Quatro), Ryan Reynolds (Um), Mélanie Laurent (Dois) e Manuel Garcia-Rulfo (Três).

Agora vamos falar em questão de personagens. O personagem Um, o bilionário e interpretado por Ryan Reynolds, com a ideia de formar um esquadrão e fazer justiça pelo mundo, cada membro dessa equipe teve que forjar a própria morte. Os personagens do filme são muito mal aproveitados, sendo apenas dois deles tiveram mais desenvolvimento. O que é uma pena, já que eles poderiam nos apresentar de forma igualitária e clara como cada um deles entrou no time. Você cria empatia por alguns membros, mas muitas vezes pela empatia do ator ou das cenas de ação dos personagens e não em questão de história, como por exemplo, a Dois, interpretada por Mélanie Laurent. Aproveitando o embalo de personagem feminina, temos duas. Infelizmente, elas estão ali para cumprirem o papel de distração de alvo ou de ser durona (mas com míseras migalhas). A distração fica por conta da Cinco, que pecaram MUITO no desenvolvimento de personagem. A Dois pode-se dizer que é uma personagem durona, mas com migalhas. O que é uma pena muito grande pra ambas as personagens. No geral, há personagens ali que se não estivessem na história, não faria muita diferença.

“Os fantasmas tem o poder de assombrar os vivos pelo que fizeram” – citação de Um, personagem do Ryan Reynolds.

E com essa citação (que resumiu a proposta do filme inteiro), vamos pelo roteiro. Roteiro possui mais pontos negativos do que positivos. Cortes de câmera (muitos!), quando você acha que está bacana, cortam, fora que você não consegue ver o rosto dos personagens direito. Absurdos erros de continuidade. Filme do Michael Bay, o que você espera? Muitas cenas de ação certo? Mas aqui exageraram, há uma quantidade absurda delas e ainda vindas de muito sangue também (por vezes bem de filme B). Roteiro muito confuso, especificamente em questão de cronologia. Você não sabe quando é presente ou passado. Diálogos muito mal trabalhados com humor exagerado (e fora de hora!), personagens subaproveitados e mal desenvolvidos, muitas vezes as cenas de ação de cada um deles se tornam mais interessantes do que a “história” de cada personagem si. Porém, no filme há pontos positivos. Trilha sonora envolvente e muitas vezes ela instiga o espectador à adrenalina da cena (mesmo com os cortes). Muse, X Ambassadors e o DJ Armin Van Buuren estão presentes. Questão de estética, o filme passa por vários lugares do mundo e são simplesmente de tirar o fôlego! Hong Kong com prédios espelhados e muitas luzes refletindo, dando um efeito bem bacana, Florença com sua arte renascentista, Turgistão com uma arquitetura mais clássica… Ação, sim! Mesmo que tenham muitas cenas de ação, elas são muito boas com alta doses de adrenalina. Em questão de atuações, todos os atores atuaram “ok”, pois pelo que foi dado à eles, eram o que tinham que ser feito. Infelizmente mais um filme em que o roteiro estraga o trabalho dos atores.

Em tese, o filme é indicado para quem gosta de muitas cenas de ação e que não liga muito pra história em si dele. Aqui é muito mais um filme de entretenimento do que um de quebrar a cabeça (apesar de o roteiro ter sido o que foi). Nota 7/10 e com muito esforço, já que poderiam diminuir uma cena de 14 minutos, para mais desenvolvimento de personagem. Acho que seria uma boa, pelo menos.

E ah, pelo que deu a entender, Esquadrão 6 poderá ter sequência, já que numa determinada cena do filme é mostrado diversos alvos. Só não sabemos se será como a primeira missão, já que teve a ver com o que Um presenciou e isso deu o pontapé para fazer a “tal da justiça”.

 

Crítica feita por Natália Lima (@oinatalha). Publicitária e apaixonada por vilões (DC/Marvel), treinadora pokémon, gamer e artesã!

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