Cultura | Já passando de 140 mil visitantes, mega exposição interativa sobre o universo criativo de Tim Burton entra em seus últimos dias

São oficialmente os últimos dias de Tim Burton por São Paulo! Após encantar adultos e crianças com suas salas interativas e artes incríveis, a mega exposição “A Beleza Sombria dos Monstros: 13 Anos da Arte de Tim Burton”, na Oca, do Parque Ibirapuera, está chegando ao fim. Sucesso absoluto de público, com mais de 140 mil pessoas visitando as instalações até hoje, as oportunidades de conferir de perto o mundo tão particular de Tim vão somente até dia 14 de agosto.

A exposição homenageia os 13 anos de lançamento do livro A Arte de Tim Burton, criando uma releitura sensorial das 434 páginas que compõem a obra, que é repleta de ilustrações do acervo pessoal do artista e de conceitos visuais de diversos filmes. Do prefácio ao décimo terceiro (e último) capítulo do livro, os temas comuns à criação do diretor são categorizados e analisados, servindo, por fim, de base ao projeto expográfico.

“É a mais abrangente antologia da obra do cineasta nos últimos quarenta anos”, ressalta Jenny He, curadora da exposição, que acompanhou o projeto em cada detalhe. “A medida em que o público adentra as imersivas e interativas experiências presentes nas diferentes galerias da exposição, a ilimitada criatividade e prolífica produção artística de Tim Burton se revelam intimamente”, destaca ela.

Os ingressos, que custam a partir de R$20,00, ainda podem ser adquiridos na bilheteria oficial (Oca – somente nos horários/dias da exposição) e através do site www.ingressorapido.com.br. “A Beleza Sombria dos Monstros” é apresentada pelo Ministério do Turismo, Secretaria Especial de Cultura, Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Cielo, Volkswagen Financial Services e B3, com patrocínio da Cateno e Sem Parar, apoio da Petz, Livelo, Outback e PremieRpet, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura e ProAC.

A Beleza Sombria dos Monstros possui mais de 2.600m², divididos em 2 andares da Oca, composta por 14 salas – como as 14 partes do livro -, que contam com temáticas, expografia, cenografia e tecnologias distintas, visando uma imersão profunda não somente na obra de Tim Burton, mas também em seu imaginário poético, genitor das mais variadas criaturas e de seus respectivos universos. Para criar a atmosfera desejada, foram utilizados recursos audiovisuais diversos, passando por projeções em tecido, teatro de sombras, anamorfose, espelho mágico, realidade virtual (VR), cinema 3D, entre outros.

“Cada capítulo do livro aborda uma dimensão da imaginação artística na obra do Tim Burton. Um deles, por exemplo, investiga esse gosto que ele tem pelos bichos e como ele os desnaturaliza para criar aquelas figuras; outro trata dos palhaços e dos ventríloquos, e assim por diante. O livro é um objeto tridimensional, mas a gente o vê sempre da esquerda para a direita, vai passando as páginas, há uma certa limitação… O que fizemos nesta exposição foi ‘explodir’ isso no espaço”, empolga-se Leo Rea Lé, responsável pela concepção e direção geral do projeto, ao lado de Naum Simão.

Cerca de 110 pessoas trabalharam direta e indiretamente no desenvolvimento, produção e realização do projeto. Entre elas, artistas brasileiros especializados em ambientes imersivos, como o expert em instalações multimídia Rodrigo Gontijo, o designer de som Paulo Beto, a dupla Mirella Brandi e Muep, designers de luz e som respectivamente, e o arte educador Murilo Kammer.

Naum Simão conta que foi mais de um ano de trabalho no desenvolvimento do projeto, dia a dia, full time. “A curadora Jenny He e a designer Holly Kempf (Tim Burton Productions) acompanharam e atuaram diariamente no processo, a distância e presencialmente. Tim Burton também foi muito receptivo às propostas e interferiu criativamente para desenvolver as soluções”. Leo Rea Lé explica que a equipe de Tim Burton participa de todas as escolhas, desde a cor usada em cada parede, o tipo de material que vai ser utilizado, até se a obra como está sendo exposta está conservando a integridade do trabalho original.

Com mais de 50 anos de carreira, 23 premiações e 70 nomeações no currículo, dentre as quais duas indicações ao Oscar, o cineasta, pintor e ilustrador tornou-se particularmente conhecido por sua estética peculiar. O diretor de Edward Mãos de Tesoura, Alice no País das Maravilhas, A Noiva-Cadáver, Dumbo e A Fantástica Fábrica de Chocolate explora universos fantásticos, de atmosfera muitas vezes sombria, povoados por seus monstros incompreendidos e pessoas que não se adequam ao ordinário.

Para intensificar a experiência de imersão no mundo de Tim Burton, seguiu paralelamente à exposição uma mostra cinematográfica com 16 filmes dirigidos pelo cineasta ao longo dos anos.

A produtora brasileira Rua 34 Produções e a curadora independente Jenny He, em colaboração com a Tim Burton Productions, convidam o público a experimentar o universo fantástico de Tim Burton. “Veja a exposição como um livro aberto. Um livro transformado em uma experiência imersiva tridimensional. Temos textos nas paredes, como em suas páginas, mas como se trata de um livro de desenhos, a exposição pretende criar situações diversas e adaptadas para que as pessoas possam experienciar essas ilustrações no espaço (flutuando, encenando, se movendo), envolvidos por luz, som, cores e formatos cênicos que lhes dão vida e intensidade”, finaliza Naum Simão.

A chegada da exposição foi antecipada por um presente enviado aos paulistanos pelo próprio diretor. No final de 2021, a cidade de São Paulo ganhou a obra intitulada “Mural Tim Burton”, localizada numa gigantesca empena de mais de 2.000m², no “Edifício Garagem Parque 25”, localizado no Parque D. Pedro II, 732. Tim entregou uma obra que criou especialmente para a cidade e acabou sendo grafitada pela artista brasileira, Luna Buschinelli.

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